Os nossos beijos



   Quando de meneio firme, as tuas mãos percorrem o meu corpo, todo eu tremo por dentro, se me mordes, se me apertas, então o meu desejo suplica, mais… Não pares, não pares nunca, deixa-te levar nesses teus actos incontroláveis e fica louca meu Amor, sem que dês conta, que a tua loucura é tanta, e tão pouco é tudo o que preciso para sorrir.
   Demente, eu, por sorrir em dias cinzentos? Então que seja, que as nossas loucuras se toquem, se envolvam, e quando propositadamente, as consciências se distraírem, lancemo-nos num voo veloz e destemido, mais alto do que a ciência poderá explicar. Quero te sentir, não me importa a forma, quero saber que é sangue que ferve e se agita no teu corpo, que tu és vida que brota, luz que explode e me encadeia, cerrando-me as pálpebras para que o sentir engrandeça.
   A tua língua molha-me os lábios, ondulando de voluptuosidade, prepotente, invade a minha boca sem respeito e juntos, bebemos a saliva que escorre por entre os nossos beijos.

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