Não sou nada...




Não sou nada,
Nem facto, nem sombra,
Nem pedra de passeio suja e lascada
Nem escudo nem seta
Nem tecido de chita
Nem poeta…

Não sou medo nem força
Nem prato de louça
Quebrado em loucura
Não sou sina nem sorte
Nem vida nem morte
Nem fome que dá em fartura


Não sou ouro nem prata

Nem conto de fada
Nem voz, nem razão
Nem mentira ou perdão
Nem carta mais alta
Que um terno de espada

Não sou céu estrelado
Nem dor ou pecado
Nem virtude, nem santo
Nem réu, nem crime
Nem sorriso nem pranto
Eu sou apenas o que o nada define!


6 comentários:

  1. És tudo o que faz parte do mundo das palavras que se transformam em verso.. lá, onde moram os poetas..

    Um beijinho

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  2. "As palavras criam o que designam", e tu não és excepção: poeta!

    Entendo que não te tenhas querido meter nisto das bruxas - não fosse haver repercussões por ofensas inusitadas - mas não pares de escrever, OK?

    Boa semana!

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  3. Obrigado Ametista, pela visita e pelas palavras de alento.
    Boa semana!

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  4. SDaVeiga, sem pessoas como vocês, que encontrei na Fábrica, escrever não teria o mesmo sentido. Obrigado por tudo!
    Atrasado mas ainda coloquei a história da minha bruxa,eheheh!
    Boa semana!!!

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  5. Miúdo, és poeta!! Nada mais tenho a comentar!

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